Na tarde desta quarta-feira, 11 de maio, aconteceu no Centro de Convivência e Cultura Otávio Manoel de Aquino a oitava edição da Conferência Municipal de Saúde do nosso município, que este ano trouxe como tema “Gestão Qualificada, Organização e Fortalecimento do SUS”. Além de boa parte dos trabalhadores da Secretaria Municipal de Saúde, estiveram presentes representantes do Conselho Municipal de Saúde, do Hospital Monumento às Mães, da sociedade civil e autoridades locais, entre elas o prefeito Municipal Ricardo Pires, o vice-prefeito Pedro Fagundes, o presidente da Câmara dos Vereadores Ronaldo Ramos e o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Luiz Rodrigues Pereira, popularmente conhecido como “Luiz Gordo”.
Depois de abrir o evento, explicando a importância do mesmo para o aperfeiçoamento dos serviços prestados na área da saúde em nosso município, Ricardo Pires agradeceu a presença de todos e passou a palavra ao secretário Municipal de Saúde Roberto Bedran. Ele complementou a fala do prefeito explicando que defender o SUS significa também defender o maior sistema público de saúde do mundo e que a participação da sociedade é fundamental para aprimorar a gestão do mesmo em Ibertioga.
A primeira convidada a fazer sua exposição foi Rosiany Araújo de Paula, ex-secretária de saúde do nosso município e atualmente coordenadora da Atenção à Saúde da SRS de Barbacena. Ela falou com propriedade sobre a organização e o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) mostrando desde a história da sua criação, em 1988, até os números atualizados sobre sua abrangência em todo o território nacional. Explicou os princípios do SUS de universalidade, equidade e integralidade e como a regionalização, a descentralização e a participação popular são essenciais para o bom funcionamento do sistema; além da importância de os trabalhadores da área entenderem que têm papel fundamental, cada um dentro de sua atribuição, para que a equipe como um todo consiga oferecer uma saúde de qualidade para os usuários.
Os presentes puderam conhecer alguns números do SUS que surpreendem pela magnitude: temos o maior sistema público de saúde do mundo, atendendo 190 milhões de pessoas; 7 em cada 10 brasileiros dependem exclusivamente do SUS (são 150 milhões de pessoas); são 45 mil Equipes de Saúde da Família (ESF), que atuam em 40 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS); são 4.700 hospitais públicos ou conveniados e 32 mil leitos de UTI SUS; no ano de 2020 foram realizadas 330 milhões de visitas domiciliares e 3,7 bilhões de atendimentos ambulatoriais.
Na sequência, Marília Silveira de Castro apresentou o perfil epidemiológico e assistencial de Ibertioga. Mostrou o cenário que temos hoje em relação às principais causas de internação hospitalar, principais causas de óbitos e as doenças crônicas de maior incidência em nossa população. Além disso, apresentou números sobre os custos dos serviços da área para o município e explicou como é distribuída a equipe que cuida da saúde dos ibertioganos.
Daiane Duarte Ferreira da Silva, secretária executiva do Conselho Municipal de Saúde e Gerente da APS na Secretaria Municipal de Saúde de Ibertioga, foi a próxima a falar e seu tema foi “A importância do Conselho Municipal de Saúde”. Na oportunidade ela explicou como o município perde oportunidades de recursos, ou mesmo verbas, caso o Conselho não se fortaleça. “Precisamos que todos abracem esta causa”, disse
Depois de uma pausa para o lanche, os participantes se reuniram em grupos com três eixos de discussão (eixo 1: Gestão qualificada; eixo 2: Organização do SUS e Eixo 3: Fortalecimento do SUS). Cada grupo pôde eleger propostas de abrangência municipal, estadual ou nacional e ao final um representante de cada apresentou tais propostas a plenária. Depois de debatidas, organizadas e formalizadas, as mesmas farão parte do Plano Municipal de Saúde para o próximo quadriênio. As demandas levantadas serão ainda encaminhadas aos respectivos Conselhos considerando a abrangência, sendo ela Municipal (CMS), Estadual (CES) e Nacional (CNS).