Diante de dúvidas que têm surgido sobre a vacinação contra a Covid-19 em nosso município, a Secretaria Municipal de Saúde de Ibertioga esclarece que o calendário de vacinação varia de uma cidade para outra pelos seguintes motivos: primeiramente, o grupos a serem imunizados são definidos pela Secretaria de Estado de Saúde de acordo com o número de doses enviadas pelo Governo Federal através do Ministério da Saúde. Para o cálculo de quantas doses chegarão a cada município são utilizados os dados do DataSUS e do IBGE, que – sabemos – necessitam de atualização. Por isso a velocidade da vacinação está ocorrendo com bastante diferença entre cidades vizinhas que têm densidade populacional parecida.
A secretária municipal de saúde, Maria Claudete Rita, esclarece ainda que nossas agentes de saúde têm feito um trabalho individualizado chamando cada pessoa da faixa etária convocada para vacinar: “Como em Ibertioga todo mundo se conhece, colocamos como meta vacinar todas as pessoas que têm esse direito. E isso gera uma certa ‘lentidão’ aos olhos da população geral, mas é uma estratégia para alcançar a imunização de todos os munícipes com mais segurança”, comenta Claudete.
Algumas cidades têm acelerado a convocação da população mais jovem, mas têm deixado grupos que já podem se vacinar sem usufruir desse direito. Enquanto a distribuição não é equânime, existe uma previsão do Governo Estadual de corrigir algumas falhas existentes e equiparar essa distribuição de vacinas, para que todos os municípios mineiros convoquem ao mesmo tempo a população da mesma faixa etária.
Outro ponto a ser esclarecido é sobre a importância da segunda dose. Um documento publicado pela Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) e pela Sociedade Brasileira de Virologia (SBV) alerta que quando o indivíduo não completa o ciclo vacinal, ou seja, não toma as duas doses recomendadas, não tem a imunização esperada e fica mais propenso à infecção. Desta forma, pode até contribuir para que versões mais agressivas da doença possam surgir.
Os estudos indicam que os imunizantes disponíveis hoje são capazes de evitar o desenvolvimento de casos graves da doença e os óbitos. Só que, embora reduzam significativamente a transmissão, não são capazes de evitá-la. Por isso, mesmo tendo a imunização garantida, é importante ainda seguir com os cuidados necessários para evitar a transmissão da doença. Os principais são usar máscaras, higienizar as mãos e evitar aglomerações.
INTERVALO ENTRE VACINAS
No Brasil temos atualmente quatro vacinas contra a Covid-19 disponíveis e as secretarias municipais de saúde não escolhem quais vão receber: elas seguem os protocolos determinados por órgãos superiores. Apenas a da Janssen é aplicada em dose única. Para as demais, há intervalos diferentes para a aplicação da primeira para a segunda dose.
A Coronavac é aplicada num intervalo de 28 dias. Já para as vacinas AstraZeneca e Pfizer o intervalo é de 84 dias.
Maria Claudete Rita pede a atenção das pessoas que tiveram algum tipo de reação ao tomar a primeira dose e agora estão resistindo para tomar a segunda dose: “Como tomar somente a primeira dose não garante imunização, pedimos que as pessoas reflitam: vale a pena correr o risco? Entre a possibilidade de sofrer com uma versão mais grave da doença e a possibilidade de sofrer com a reação da vacina, o que você escolhe?”, questiona. E lembra que nem sempre quem teve reação na primeira dose sofre os mesmos sintomas na segunda dose.
Lembre-se: vacinar é um ato de cidadania. Vacinas salvam vidas!