Chamar a atenção para os direitos que precisam ser preservados nos serviços de cuidado em Saúde Mental foi um dos objetivos das ações que aconteceram neste 18 de maio na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do nosso município. Exposição de trabalhos manuais, fotos, teatro e cortejo foram algumas das estratégias utilizadas para mostrar a importância de dar visibilidade aos tratamentos oferecidos aqui, nos quais são garantidos os direitos humanos e cuidados humanizados de acordo com os princípios do SUS.
Ao longo do dia, os participantes das ações puderam conhecer e entender como a RAPS funciona em Ibertioga, tendo o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) como ordenador, podendo contar também com a Atenção Primária, Equipes de Estratégia da Família, SAMU e Hospital Monumento às Mães (que possui quatro leitos psicossociais destinados para o acolhimento da crise aguda em casos de sofrimento mental e desintoxicação do uso abusivo de substâncias psicoativas). Para quem não sabe, desde agosto de 2021 nosso município oferece o Serviço Residencial Terapêutico, sendo uma das três cidades vizinhas à Barbacena que participam de um processo histórico, uma estratégia da Reforma Psiquiátrica que começou a ser idealizada em 1990 e se concretizou em 2021 representando – para dezenas de pessoas – a concretização de sonhos, a promoção da vida e o acesso à liberdade.
“Precisamos fortalecer esses serviços e continuar construindo parcerias para um cuidado em Saúde Mental compartilhado”, comentou o psicólogo Marcone Melo, coordenador do CAPS. Para ele, promover mobilizações no Dia Nacional da Luta Antimanicomial é uma forma de mostrar que para o tratamento adequado em Saúde Mental são necessárias intervenções sociocultural, familiar, educacional e de assistência.